Tuesday, April 10, 2007


The Lady of Shalott- Watterhouse
De ambos os lados do rio se encontram
Longos campos de cevada e de centeio,
Que cobrem a planície e encontram o céu;
E pelo campo a estrada corre
Para a Camelot de muitas torres;
E as pessoas vão para cima e para baixo,
Contemplando onde os lírios flutuam,
Há uma ilha mais abaixo,
A ilha de Shalott.
Salgueiros empalidecem, álamos tremem,
Ligeiras brisas, escurecem e tremem
Pela onda que corre eternamente
Pela ilha no rio fluindo até Camelot.
Quatro paredes cinzentas, e quatro torres cinzentas,
Pendem sobre um campo florido,
E a ilha silenciosa cobre de sombras
A Lady de Shalott.
Na margem , velada pelos salgueiros
deslizam as barcas, atravessada
por lentos cavalos, o barco navega, com velas de seda
descendo até Camelot:
mas quem a viu acenar ?
ou de pé em frente às muralhas?
Ou é conhecida em toda a terra,
a Dama de Shalott?
Somente ceifeiros, ceifando cedo,
Por entre a cevada viçosa
Ouvem uma canção que ecoa alegremente
Por entre o rio rio que serpenteia
Até a elevada Camelot;
E ao luar, o ceifeiro cansado,
Empilhando fardos em planaltos arejados,
Escutando, sussurra "esta é fada
" A Lady de Shalott".
Lá ela tece dia e noite
Uma teia mágica com cores alegres.
Ela ouviu um murmúrio dizendo,
Que a maldição cairá sobre ela se continuar a
Olhar para Camelot.
Ela não sabe o que a maldição pode ser,
E assim ela tece continuamente,
E nenhuma outra preocupação tem ela,
A Lady de Shalott.
E movendo-se através de um espelho claro
Que pende diante dela todo o ano,
Sombras do mundo aparecem.
Lá ela vê a estrada se próxima
Serpenteando até Camelot;
Ali a corrente do rio ondula,
Ali a aldeia se agita
e as capas vermelhas das vendedeiras
passam por Shalott.
Ás vezes um grupo de donzelas felizes,
um abade num passo trôpego,
Ás vezes um pastor de cabelos ondulados,
Ou um pagem de vestes escarlates,
passa a caminho de Camelot.
E às vezes através do azul espelho
Os cavaleiros vêm cavalgando dois a dois.
Ela não tem nenhum cavaleiro leal e verdadeiro,
A Lady de Shalott.
Mas em sua teia, ela ainda se delicia
A tecer as mágicas visões do espelho,
Frequentemente pelas noites silenciosas
Um funeral, com plumagens e luzes,
E música passou a caminho de Camelot;
Ou quando a Lua pendia do alto,
Vinham dois jovens amantes acabados de casar.
"Estou quase doente de sombras", disse
A Lady de Shalott.
Á distância de uma seta disparada do quarto dela,
Ele cavalgou por entre os fardos de cevada,
O sol veio ofuscante por entre as folhas,
E ardeu por sobre os bravos membros
Do valente Sir Lancelot.
Um cavaleiro com uma cruz-vermelha, eternamente ajoelhado
Perante uma senhora em seu escudo,
Que brilhava no campo amarelo,
Ao lado da remota Shalott.
O freio com joias brilhava livre
como algumas estrelas que vemos
na dourada galáxia.
Os guizos dos freios soaram alegremente
Enquanto ele cavalgava para Camelot.
E da sua sela emblazonada pendia
um poderoso trompete de prata.
E à medoda que cavalgava a sua armadura se reflectia
à beira da remota Shalott.
No céu azul, sem nuvens
brilhava o cabedal incrustado com jóias sa sela,
O elmo e as penas do elmo,
ardiam juntos, como uma chama,
Enquanto ele cavalgava para Camelot,
como frequentemente, por entre a púrpura noite
por baixo das brilhantes constelações,
a cauda de um meteoro , ardendo,
passa por entre a calma Shalott.
Sua clara fronte brilhou à luz do sol;
Em cascos polidos, seu cavalo de guerra cavalgou;
Debaixo de seu capacete fluiarm
Seus cachos negros como carvão enquanto cavalgava,
A caminho de Camelot.
Da margem e do rio
Ele apareceu no espelho cristalino,
"Tirra lirra", pelo rio
Cantou Sir Lancelot.
Ela deixou a teia, ela deixou o tear,
Ela deu três passos pelo quarto,
Ela viu o lírio aquático florescer,
Ela viu o elmo e a plumagem,
Ela olhou para Camelot.
Para fora voou a teia, flutuando para longe;
O espelho rachou de lado a lado;
"A maldição caiu sobre mim", gritou
A Lady de Shalott.
No tempestuoso vento leste forçando,
Os pálidos bosques amarelos estavam orcilando,
O amplo riacho em suas margens lamentando-se.
O baixo céu chovendo fortemente
Por sobre a dominante Camelot;
Ela desceu e encontrou um barco
Sob um salgueiro partido flutuando,
E em volta da proa, ela escreveu
A Lady de Shalott.
E descendo o extenso e turvo rio
Como algum vidente ousado em transe,
Vendo toda sua própria miséria -
Com um semblante transparente,
Ela olhou para Camelot.
E ao fim do dia
Ela soltou as correntes e deitou-se;
O amplo riacho levou-a para longe,
A Lady de Shalott.
Deitada, vestida de puro branco,
que ondulava leve para a esquerda e a direita,
e por entre os ruidos da noite,
ela flutuou até Camelot.
E à medida que o barco deslizava por entre
as colinas com salgueiros e os campos,
ouviram-na cantar o seu último canto,
A Dama de Shalott.
Ouviu-se um hino, pesaroso, sagrado,
Gritado, sussurrado ,
Até que o sangue dela foi lentamente gelou,
E seus olhos ficaram completamente apagados,
Voltada para a elevada Camelot.
Antes que com a maré ela alcançasse
A primeira casa da costa,
Cantando sua canção, ela morreu,
A Lady de Shalott.
Sob a torre e a sacada,
Do muro do jardim e da galeria,
Um vulto cintilante, ela flutuou,
Uma palidez mortal por entre elevadas casas,
Silente em direcção a Camelot.
Vieram até ao cais,
Cavaleiro e burguês, lorde e dama,
E em volta da proa, eles leram o nome dela,
A Lady de Shalott.
Quem é esta? O que faz aqui?
Com o palácio iluminado nas proximidades
Morreu o som da real celebração;
E eles se benzeram por medo,
Todos os Cavaleiros de Camelot;
Mas Lancelot refletiu por um tempo,
Ele disse, "ela tem um belo rosto;
Deus na tua clemência dá-lhe a salvação,
À Lady de Shalott".
Alfred, Lord Tennyson

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